Está se mostrando na Gestão de Pessoas uma mudança de paradigma. Uma mudança em que o olhar precisa ser cada vez mais para as competências comportamentais (soft skills) do que para as competências técnicas (chamadas de hard skills). E temos dados alarmantes para empresas e gestores que ainda não estão alinhados com esta nova forma de perceber a gestão de pessoas.
Esse dado é da pesquisa “Aprendizagem Corporativa para Construção de Futuros”, conduzida pela ODDDA (O Dia Depois De Amanhã) em colaboração com a Fundação Dom Cabral, que entrevistou gestores de RH de várias empresas.
Os resultados dessa pesquisa revelam que a capacidade de trabalhar em equipe e a adaptabilidade são as duas características mais valorizadas para o profissional do futuro. Na sequência aparecem: orientação para resultados, domínio para tecnologias existentes e relacionamento pessoal. Perceba que dentre essas características, quatro são comportamentais.
A pesquisa também revelou que 70% da demanda por qualificação se concentra em soft skills.
Desenvolvendo competências comportamentais – De olho no perfil
Os profissionais que desejam se manter no mercado e alinhados às novas tendências em gestão de pessoas precisam começar pelo autoconhecimento e autoanálise, de forma a desenvolver as competências essenciais às suas posições e ao que o mercado e as empresas buscam.
A análise de perfil comportamental se torna uma aliada desses profissionais, que podem fazer uma análise do seu perfil e buscar processos de desenvolvimento pessoal como coaching e mentoring. Mas não só para profissionais pró-ativos a análise é indicada. Gestores e líderes podem (e devem) usar a análise de perfil comportamental para conhecimento das habilidades e competências de seus times, bem como buscar junto a área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, formas de desenvolver as competências comportamentais que não foram diagnosticadas na análise de perfil de cada membro do time.
A análise de perfil comportamental é uma excelente forma de evoluir pessoal e profissionalmente e se manter no páreo das exigências comportamentais relacionadas as soft skills do exigente novo mercado. Utilizada como aliada nos processos de gestao de pessoas, inicialmente na jornada do candidato em um processo de recrutamento e seleção, diminuímos os percentuais como os da pesquisa acima.
Mapeando competências
Além disso, o mapeamento de competências se torna importante. Uma gestão atenta sabe que mapear as competências dos cargos e da organização é ponto chave para a sustentabilidade. Ter clareza e critérios bem definidos sobre competências, tanto as soft quanto as hard skills, torna transparente as ações de employer branding e também mantém os colaboradores com mais fit junto a organização.
Portanto, as soft skills estão aí para mostrar que comportamento não é secundário, pelo contrário, ter clareza das competências comportamentais, as atitudes que se espera de cada um da empresa, é essencial para uma gestão de pessoas sustentável.